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quarta-feira, 28 de abril de 2010

Pesca de arrasto


Florestas ancestrais em perigo... mesmo nas profundezas do oceano. Os biólogos estimam que entre 500.000 e 5.000.000 espécies marinhas estejam ainda por descobrir. Mas muitas dessas espécies encontram-se em grave risco, devido à prática de pesca mais destrutiva do mundo – a pesca de arrasto – Esta é verdadeiramente a última natureza selvagem que resta por descobrir no planeta.



Montanhas submarinas


O leito profundo do mar tem montanhas, chamadas montanhas submarinas. Elas elevam-se a pelo menos 1.000 metros acima do leito do mar em torno. Surpreendentemente, a maior cordilheira da Terra encontra-se não em terra, mas sob o mar – o sistema da crista Média-Oceânica, que serpenteia em torno do globo, do Oceano Ártico ao Atlântico, é quatro vezes mais longo que os Andes, as Montanhas Rochosas e os Himalaias juntos!
As montanhas submarinas são áreas de uma riqueza única em biodiversidade. Pense em florestas coloridas associadas a corais de águas frias, penas-do-mar, esponjas e gorgónias moles, aranhas-do-mar e crustáceos parecidos com lagostas. Muitas espécies que habitam nas florestas submarinas não se encontram em mais nenhum local, e acredita-se que algumas estão restritas a apenas uma ou duas montanhas submarinas!

Ameaça Número 1: Pesca de arrasto


Infelizmente, a indústria de pesca comercial tomou conhecimento das ricas opções existentes nas águas profundas. A indústria estendeu as suas insustentáveis práticas de pesca às águas profundas e às montanhas submarinas anteriormente inexploradas, usando uma técnica chamada pesca de arrasto.

A pesca de arrasto consiste no arrastamento de gigantescas redes lastradas, ao longo do fundo do mar. Grandes placas metálicas e rodas de borracha presas a essas redes movem-se ao longo do fundo e esmagam praticamente tudo no seu caminho. Todas as provas demonstram que as formas de vida de águas profundas são muito lentas na recuperação de tais danos, demorando de dezenas a centenas de anos a conseguir fazê-lo – se é que o conseguem.

Se lhes for permitido que continuem, os arrastões de alto-mar vão destruir as espécies de águas profundas antes de sequer termos descoberto muitas das que aí existem. Podem imaginar o seu funcionamento como guiar uma gigantesca máquina de terraplanagem através de uma floresta inexplorada, luxuriante e amplamente habitada, que depois se torna num deserto plano e monótono. É como fazermos explodir Marte antes de lá chegarmos
Nem tudo o que vem à rede é peixe!

Portugal — A campanha da Greenpeace já está em marcha para mobilizar os consumidores portugueses e dar voz aos oceanos em perigo. Acompanhados por uma trupe de criaturas marinhas, os activistas da organização estão precorrer o país de norte a sul lançando o alerta para a destruição causada pela pesca de profundidade em alto mar.


A Roadtour da Greenpeace já está em marcha para mobilizar os consumidores portugueses e dar voz aos oceanos em perigo. Acompanhados por uma trupe de criaturas marinhas, os activistas da organização estão precorrer o país de norte a sul lançando o alerta para a destruição causada pela pesca de profundidade em alto mar.

A campanha começou ontem em Lisboa, numa conferência de imprensa simbólicamente realizada num antigo arrastão a vapor, que se encontra agora reformado. Na conferência, estiveram presentes especialistas em biologia marinha e representantes de diversas organizações não-governamentais de ambiente para reforçar a urgência da mensagem.
“Loja de peixe” da Greenpeace alerta consumidores


Com uma “Loja de peixes” ambulante, a Greenpeace mostra aos consumidores alguns das espécies de profundidade que se encontram à venda no mercado português e alerta para o valor incalculável deste peixes de crescimento lento e reprodução tardia. O supermercado Pingo Doce do Cais do Sodré foi o primeiro a ser visitado pelos activistas. Hoje, foi a vez de Almada receber uma visita da campanha.
Nas profundezas dos oceanos o ritmo de vida abranda significativamente - uma espécie que vive mais de 50 anos e só se reproduz a partir dos 13 anos de idade, como o caso dos peixes vermelhos, não pode ser vítima da pesca industrial voraz, explicam os activistas.
No entanto, é possível encontrar muitas destas espécies à venda em vários supermercados do país. Por exemplo, o Intermarché visitado em Sobreda vendia pelo menos 6 das 13 espécies identificadas pela Greenpeace, entre elas o tubarão lixa, a pota Argentina, a pescada branca e peixes vermelhos.

“Cartão vermelho” para a pesca de arrasto


A pesca de arrasto de profundidade é considerada uma das prácticas de pesca mais destrutivas que existe e representa hoje a maior ameaça à biodiversidade dos ecossistemas marinhos. Durante a campanha, a Greenpeace está a pedir aos consumidores que passem um “cartão vermelho” à destruição em alto mar e enviem um apelo aos supermercados para que deixem de vender estas espécies.

A Greenpeace defende que se queremos garantir uma exploração saudável e duradoura dos recursos marinhos do planeta, é fundamental parar de comercializar estas espécies de peixe e adoptar medidas concretas e globais para proteger as águas internacionais de práticas de pesca destrutivas.

Porque os políticos não podem continuar superficiais


Para reforçar a mensagem de que é urgente e fundamental proteger os ecossitemas marinhos, a Greenpeace e dez organizações não governamentais de ambiente (ONGAS) com presença em Portugal, enviaram ontem um apelo conjunto ao Governo português para que apoie o fim da pesca destrutiva em águas internacionais, no âmbito da Assembleia Geral das Nações Unidas, que se vai reunir na primeira quinzena de Novembro.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Qual é a coisa qual é ela que antes de o ser já o era?


R.: Pescada

Pescadas






SOBREPESCA:

No Atlântico Nordeste ainda existem dois stocks* de pescada europeia. O stock* do sul está esgotado e os científicos recomendam reduzir a pressão da pesca. O stock* do norte está em processo de recuperação depois do ter sido esgotado nos anos noventa. A pescada argentina foi também sobre explorada durante os anos noventa, mas depois de serem declaradas restrições à pesca, os stocks* mostram alguns sinais de recuperação nos últimos anos.

No mar Mediterrâneo há um risco de colapso, porque o stocks* de pescada estão sobre explorados.



DESTRUIÇÃO DO FUNDO DO MAR E DA VIDA MARINHA:

A pesca de arrasto tem um impacto muito negativo ao ser uma arte de pesca não selectiva e que captura espécies indiscriminadamente.


*Stock, em Portugal, é designação usada para definir quantidades armazenadas ou em processo de produção de quaisquer recursos necessários para dar origem a um bem com a função principal de criar uma independência entre os vários estágios da cadeia produtiva.

As baleias e seu corpo

Baleias

Os misticetos (subordem Mysticeti) compreendem os maiores cetáceos conhecidos, e são popularmente chamados de baleias. A palavra baleia deriva do latim balaena e está relacionada com a grega phallaina. Alguns membros da subordem dos Odontoceti também podem ser chamados de baleias, como é o caso da baleia-assassina, a baleia-branca e as baleias-bicudas. A principal diferença entre as duas subordens é que na Mysticeti os dentes estão ausentes, sendo substituídos por cerdas de material queratinoso, com a função de filtrar a água e recolher o alimento. As baleias são os maiores mamíferos que vivem no planeta Terra.



quarta-feira, 14 de abril de 2010


O que significa “sustentável”?

Em termos simples, pesca sustentável é aquela cujas práticas podem ser mantidas indefinidamente sem com isso reduzir a capacidade das espécies alvo de manter níveis de população saudáveis e sem ter impactos negativos noutras espécies do ecossistema, ao remover as suas fontes de alimentação, prejudicar o seu ambiente físico ou capturá-las acidentalmente.