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quarta-feira, 26 de maio de 2010

Activistas da Greenpeace bloquearam a abertura do Pingo Doce do Cais do Sodré em Lisboa

Estes supermercados gastam milhões em publicidade, mas recusam-se a assumir a responsabilidade pelo pescado à venda nas suas lojas. A Greenpeace alerta que é fundamental que este retalhista altere a sua estratégia de negócio de modo a incorporar não só o lucro mas atender também aos interesses dos seus clientes em ter peixe no futuro.

Durante o decorrer da acção a organização convidou ainda os moradores da zona de Lisboa a sintonizar as suas rádios na Rádio Vermelha da Greenpeace - frequência 88.5 FM - e ouvir algumas das melhores mensagens enviadas pelos consumidores para o grupo Jerónimo Martins.

Greenpeace alerta que continuar com o “business-as-usual” já não é uma opção!

No terceiro Ranking dos Supermercados da Greenpeace, o grupo Jerónimo Martins foi novamente o pior classificado. No estudo publicado no início de Maio, a Greenpeace denuncia que das duas empresas portuguesas contempladas no estudo – Sonae e Jerónimo Martins - o detentor das insígnias Pingo Doce e Feira Nova é o único que insiste em limitar a sua actuação ao cumprimento da lei.

A Jerónimo Martins afirma confiar na gestão da pesca da União Europeia. Mas com as quotas anuais para a Europa estabelecidas em média 48% acima das recomendações dos cientistas e mais de 80% dos stocks de peixe comerciais nas águas europeias considerados sobreexplorados, seguir as regulamentações definitivamente não basta.

No Ano Internacional para a Biodiversidade nenhuma empresa da dimensão da Jerónimo Martins pode continuar indiferente ao alerta para a crise dos recursos naturais que ecoa pelo mundo.


Com menos de 1% dos oceanos protegidos, a Greenpeace alerta que é urgente parar de compactuar com as práticas de pesca destrutivas e desperdicentes que já levaram ao colapso de 1/3 dos stocks de peixe comercial e agir para travar a perda continuada da vida marinha do planeta.


A Greenpeace defende que as grandes cadeias de distribuição alimentar têm o poder económico para influenciar positivamente a indústria da pesca, exigindo saber a origem do peixe que vendem, recusando peixe ilegal ou peixe proveniente de stocks considerados esgotados ou à beira do esgotamento e evitando os métodos de pesca mais destrutivos.

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